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Casos de SRAG registram aumento contínuo no Brasil; alerta Fiocruz

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam aumentando no Brasil, principalmente devido ao vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A — o vírus da gripe; aponta o Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (18). Segundo as informações, os casos de Covid-19 continuam em declínio, com alguns estados mantendo uma estabilidade em níveis reduzidos.

Além disso, as mortes relacionadas à SRAG continuam mais altas entre os idosos, com a predominância da Covid-19 neste grupo etário. No entanto, o panorama é diferente para crianças de até dois anos de idade. O aumento da circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem ocasionado um crescimento expressivo na mortalidade por SRAG nesse grupo, ultrapassando os casos associados à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas. 

Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que o VSR  é um vírus respiratório comum, que geralmente causa sintomas semelhantes ao resfriado.

“Ele é responsável por infecção respiratória em todas as faixas etárias, porém ele é mais comum e pode ser mais grave em bebês e crianças. A população que tem maior chance de desenvolver a forma grave são os recém-nascidos prematuros, as crianças menores de 6 meses e os menores de dois anos que tem associado a alguma comorbidade,” informa.

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Prevenção

O coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que a campanha da vacina contra gripe é uma das formas de combater a morte por SRAG, decorrente da influenza A. “O foco é diminuir o risco de agravamento de um resfriado que pode acabar desencadeando uma internação — e até eventualmente, uma morte. Então a vacina da gripe é simplesmente fundamental”, aponta.

Gomes também destaca que aqueles que apresentarem sintomas de infecções respiratórias devem buscar atendimento médico, especialmente grupos de risco. Outras recomendações são fazer repouso, isolamento e utilizar “boas” máscaras.

Aumento de SRAG

Entre as capitais brasileiras, 19 mostram indícios de aumento de SRAG. São elas:

  • Aracaju (SE), 
  • Belém (PA),
  • Belo Horizonte (MG),
  • Plano Piloto e arredores de Brasília (DF),
  • Campo Grande (MS),
  • Cuiabá (MT), 
  • Curitiba (PR),
  • Florianópolis (SC),
  • Fortaleza (CE),
  • João Pessoa (PB),
  • Macapá (AP),
  • Manaus (AM),
  • Palmas (TO),
  • Recife (PE),
  • Rio Branco (AC),
  • Rio de Janeiro (RJ),
  • Salvador (BA),
  • São Luís (MA),
  • São Paulo (SP).

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