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Incentivos econômicos podem permitir que Brasil seja protagonista da transição energética mundial

O Brasil figura entre os países com maiores fontes de energia limpa e renovável do planeta: 80% da energia que consumimos aqui vem da água, do vento ou do sol. Mas, quando falamos em transição energética, ainda faltam investimentos para que o país se torne competitivo no mercado internacional. Para Fabrício Soler, advogado e sócio da S2F Partners, é fomentando e trazendo medidas de estímulo fiscal, econômico e de créditos, que vamos alcançar essa competitividade. 

“Atuando em conjunto com o setor privado e empresarial  —  essa é uma pauta que não é iminentemente do poder público — isso potencializa o posicionamento do  Brasil nessa transição energética, levando em conta não só a realidade de hoje, mas também os potenciais futuros: etanol de segunda geração, o bioquerosene e o biodiesel, que já é algo consolidado no Brasil.” 

No Congresso a pauta verde ganha destaque e vem sendo tratada como prioridade. O projeto que regula o Mercado de Carbono, aprovado na Câmara em 2023, deve ser votado no Senado no começo do ano. E outras pautas ligadas à transição energética, como o Plano de Aceleração da Transição Energética (Paten) são bem recebidas nos setores público e privado. 

Transição energética: Câmara trata assunto como prioridade

O que é o Paten?

Expandir a infraestrutura para o desenvolvimento sustentável, utilizando os créditos tributários e o instrumento da transferência tributária. Este é um dos objetivos do Paten, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (CIDADANIA-SP) — e que está em tramitação no Congresso pelo PL 5.174/23. 

A relatora do texto na Câmara, a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) em entrevista à Frente Parlamentar do Agro, explicou que o principal objetivo do projeto é incentivar a infraestrutura e a pesquisa através de recursos —  e assim permitir que as empresas façam investimentos nessa transição. 

“Dentro disso existe o Fundo Verde: o fundo é onde vai gerar esse recurso de forma sustentável dando viabilidade para que ele possa ser gerido e essas empresas, através desses precatórios e dos créditos tributários, eles possam utilizar das financiadoras, pegar os recursos e ter isso como forma de dar subsídios à empresas.”

Um dos principais pontos é que a gente seja o mantenedor e o primeiro a ter as tecnologias, já que o Brasil é referência em energia limpa e renovável, explica a parlamentar. 

Projetos alinhados 

Para o advogado Fabrício Soler, o Paten está alinhado ao propósito que vem sendo trabalhado pelo governo federal. 

“Buscando fomentar, estimular, potencializar a transição energética. Ela está diretamente relacionada com a redução de gases de efeito estufa, por isso nós temos o olhar voltado para a mudança de fontes de energia, buscando uma forma mais sustentável, uma redução de gases de efeito estufa.” 
 

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